sábado, 19 de março de 2011

Blog da Bethania

Enquanto os internautas anônimos (ou quase) continuam criticando a verba que poderá se arrecadada para o blog de poesia da Maria Bethânia, muitas vozes se levantaram em defesa da cantora. O principal argumento destes defensores é o de que nenhuma verba foi repassada do governo para a criação do blog, que o dinheiro será oriundo de empresas privadas. Isto é falso. O dinheiro virá de empresas que deixarão de pagar uma parte do seu imposto de renda para financiar este blog. Obviamente o blog será então financiado com o dinheiro que o governo arrecadaria com impostos, e este dinheiro é do povo brasileiro que, assim, estará pagando pelo blog antes mesmo de ele estar disponível na Internet. Mesmo os brasileiros que não têm acesso à Internet (a maioria da população) estarão pagando pelo blog.

Ainda argumentam que o acesso será gratuito... Nem merece comentário. Por outro lado, uma celebridade já comentou que "daria para o povo não só poesia, daria tudo, menos beijo na boca". Isto sim é desprendimento.

Decidi que daqui por diante não vou falar mais disso (o assunto já está bem destrinchado nos links que passo ao final), vou fazer poesia, quem sabe meus versos serão escolhidos para inclusão no blog:

Batatinha quando nasce
Se esparrama pelo chão
A Bethânia só declama
Quando ganha um milhão

Visite os seguintes links para obter outras informações e opiniões sobre o assunto:

- Blog Bethânia/Andrucha: Dissecamos o Projeto entregue ao MinC

- Blog da Bethânia - 1 milhão de motivos pra você acessar

- Blog de Bethania: o projeto, como o governo aprovou

Até o próximo post!

domingo, 30 de maio de 2010

Cobertura reduzida de assuntos do Rio de Janeiro

É óbvio que um jornal de Minas dará mais destaque a assuntos de Minas, um de São Paulo a assuntos da pauliceia, um do Rio a assuntos... do Rio?

Hoje, 30 de maio de 2010, domingo, o Fluminense joga com o Atlético-MG no Mineirão, com transmissão ao vivo da Globo e Band. Mas isso não merece ser destaque, na opinião da editoria online do Jornal do Brasil. Na página inicial do JB na Internet, nenhuma menção pode ser encontrada ao jogo do Fluminense, assim como na página da editoria de esportes. Veja o resultado da pesquisa (Ctrl + F) por "flu":



Há um link para "FUTEBOL CARIOCA"; procurando lá é possível encontrar uma nota da véspera, que diz "19:56 Rodada pode deixar Botafogo na liderança se Flu e Vasco ajudarem". Que aponta para uma nota do dia 21 de maio!

É isso, quer dizer, isso é tudo! Vou ler um jornal mineiro ou O Globo...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Repórter pode contar com copydesk, já a turminha que lê o jornal...

O comentário enviado em janeiro de 2009 por uma leitora d'O Globo, foi encontrado na seção Cultura em outubro de 2009 como se lê na figura ao lado. Enviei um tweet apontando o erro ("indentidade") e fui informado que esta nota é de um leitor. Eu que passei vários anos lendo O Globo (desde os 8 anos de idade, até os 18, aproximadamente) e sempre incentivo a garotada a ler - livros, jornais, revistas em quadrinho - para que aumentem seu vocabulário e sua cultura. A partir de agora já sei que devo avisar a tal garotada (que já vai bem crescida, mas ainda pouco lê) quanto aos perigos de ler comentários ou cartas de leitores.

Se um colunista ou repórter escrever "indentidade" é razoável acreditar que um revisor, copydesk, ou seja lá o que se chame, irá apontar ou, mesmo sem avisar o autor, corrija o erro. Então há mais chance do texto contribuir para os conhecimentos de ortografia da petizada (taí, este artigo pode contribuir para aumentar o vocabulário de alguns leitores).

Por outro lado, se o erro é de um leitor, o erro perdura... nem ao menos colocam uma tarja do tipo "Este texto não é recomendável para pessoas em fase de aprendizagem das normas ortográficas do Português". Dá mais trabalho que corrigir o texto do leitor, pelo menos neste caso. Mas esclarece bastante sobre a atitude do repórter/colunista em relação ao seu público.

Até.


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

STF declara inconstitucional obrigatoriedade do diploma para exercer o jornalismo

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em 17 de junho de 2009, por oito votos a um, que é inconstitucional a obrigatoriedade do diploma em curso superior específico para o exercício da profissão de jornalista no Brasil. Os ministros acolheram o recurso ajuizado pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo (Sertesp) e pelo Ministério Público Federal (MPF) contra uma decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que tinha afirmado a necessidade do diploma. Assim, como informado pela Agência Brasil, começou um período de muitos protestos e ranger de dentes (vide, por exemplo, o artigo "Fim do diploma de jornalista: retrocesso profissional e político", de Luiz Gonzaga Motta).

Vozes iradas se levantaram lançando terríveis profecias ("será o fim da qualidade do jornalismo brasileiro!"), com as exceções de praxe - lembro agora de Zuenir Ventura - se manifestando de forma sensata e moderada. Encontrei também um ótimo artigo do Engels Paschoal, Jornalista precisa de diploma da vida, não diploma de jornalista.

Foram criados sites específicos para debater este assunto, ou melhor, defender a obrigatoriedade do diploma para jornalistas, como por exemplo o Jornalista, só com diploma!

Sou apenas um leitor, e não tenho muito boa memória. Mas tenho certeza de ter visto tantas patuscadas de autoria de jornalistas diplomados que resolvi contribuir registrando neste blog algumas bobagens que encontrei e, com certeza, ainda encontrarei. Sem a pretensão de fazer um Observatório da Imprensa. Há um certo interesse pessoal meu, já que com este registro não dependo tanto da minha memória.